BOLETIM INFORMATIVO

Palavra Pastoral

Colocando-se na Brecha

“Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pusesse na brecha diante de mim e em favor da terra, para que eu não a destruísse, mas não encontrei nem um só” (Ezequiel 22:30)

A maioria dos cristãos que conheço são pessoas agradáveis. Nós, cristãos, queremos nos dar bem com os que estão à nossa volta e não queremos ofender a ninguém dizendo que algo está errado, porque seria politicamente incorreto. Muitas vezes temos medo de nos destacar.

No entanto, Elias não era assim. Ele aparece pela primeira vez em 1 Reis 17, e se destaca na cena: “Ora, Elias, o tesbita que habitava em Gileade, disse a Acabe: ‘Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo, que não cairá orvalho nem chuva nos anos seguintes, exceto mediante a minha palavra’.”

Elias invadiu corajosamente a corte do notoriamente perverso Acabe e lançou o desafio no centro do poder de Israel. Ele não seguiu nenhum protocolo. Ele simplesmente entrou como se fosse o dono do lugar. E eles provavelmente ainda se perguntaram como Elias conseguiu passar pela segurança.

Então, onde Elias conseguiu tanta coragem e ousadia? Quais eram os seus segredos? Note a sua interessante expressão: “Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo…” Significa que aonde quer que Elias fosse, ele sabia que estaria na presença do Senhor e que Deus estaria com ele. Elias serviu a um Deus vivo e não morto, como o deus do rei Acabe. Como Jó, Elias poderia dizer: “Eu sei que o meu Redentor vive.”

Jesus disse: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei” (Hebreus 13:5). Como cristãos, nunca estamos sozinhos. Nós automaticamente nos tornamos a maioria de um todo, porque Deus está conosco.

A consciência da presença de Deus deu a Elias a coragem para se manter firme.

Perguntas:

1. Deus ainda procura por homens e mulheres que defenderão a verdade. Você está disposto? (Is. 6. 8)

2. Quando você vê alguém dizer algo fora dos princípios de Deus, você se manifesta em contrário e apresenta os princípios de Deus? (Atos 2, 14 ao 18)

3. Você defenderia a sua fé diante de uma maioria contrária? (Atos 7 todo)

 

Bíblia diária

2ª feira – Is. 34, 35, 36

3ª feira – Is. 37, 38, 39

4ª feira – Is. 40, 41, 42

5ª feira – Is. 43, 44, 45

6ª feira – Is. 46, 47, 48

Sábado – Is. 49, 50, 51

Domingo – Is. 52, 53, 54

Período atual: Trigésima quarta semana

 

Missões e o mundo

Ex-muçulmana encontra Jesus em fuga pela Síria – O testemunho dos cristãos de Qamishli mostrou que a igreja de Cristo é uma grande família

Alya fugiu pela Síria em busca de segurança e encontrou a Jesus CristoAlya fugiu pela Síria em busca de segurança e encontrou a Jesus Cristo

No Dia Internacional da Família, a Portas Abertas conta a história de Alya*, uma cristã secreta que encontrou Jesus enquanto procurava um local seguro para viver com os cinco filhos na Síria. Casada aos 13 anos com um homem de 40, a mulher observava os preceitos da religião islâmica enquanto vivia na cidade de Deir Ez-Zor. Mas em 2012, tiveram que fugir para Raqqa, que ainda estava sob a liderança do governo. Dois anos depois, o Estado Islâmico reivindicou o território como a capital do grupo, foi quando as coisas começaram a mudar completamente.

A família de Alya não conseguiu fugir da cidade e teve que se adaptar aos costumes dos radicais islâmicos, como o uso de túnicas pretas para cobrir completamente o corpo. A aparente preocupação com a moralidade não conseguiu encobrir os assassinatos cometidos pelos extremistas. “Vimos muitas coisas terríveis. Cabeças de pessoas presas em cercas. Sacos cheios de cabeças humanas. Um dia, eu estava indo para uma loja, havia uma multidão de pessoas e eu fui lá ver. Eles estavam decapitando pessoas”, relembra.

Uma vítima do Estado Islâmico em casa

Neste período, a família já não tinha nenhum bem ou dinheiro, mas sentiu a angústia aumentar ao perder o contato com um dos filhos. “Não sabíamos nada sobre ele, mais tarde descobrimos que ele havia morrido. Estava em um ônibus que foi bombardeado”, conta a síria. Porém, em 2016, a situação de Alya e dos filhos ficou insustentável, quando um dos radicais viu uma das filhas dela sem estar totalmente coberta. Eles reclamaram do “mau comportamento” da jovem e pediram que ela fosse levada até o bando no dia seguinte.

Alya temeu pelo futuro da jovem, juntou o pouco dinheiro que tinha e fugiu com a família para Damasco. O destino final era Qamishli, lá a síria tinha uma irmã e um dos filhos poderia estudar. Quando desembarcaram no aeroporto da cidade onde pretendiam morar, todos descobriram que as malas tinham desaparecido e o pânico tomou conta deles. Porém, um homem desconhecido apareceu oferecendo ajuda. Ele se apresentou como o pastor George Moushi*, Alyia ficou desconfiada e recusou a assistência, mas guardou o cartão de visita do líder cristão.

Memória que trouxe esperança

Ao chegar na residência da irmã, a mulher percebeu que o local não comportaria toda família e logo começou a procurar um outro imóvel para morar. Nessa ocasião, um proprietário ofereceu o imóvel em troca de favores sexuais de Alya. Ela chegou a ficar doente e ir até o hospital diante da humilhação. Sem ter para onde correr, ela se lembrou do cartão de visita e entrou em contato com o pastor George. Por meio dele, ela conseguiu um lar para a família e notou algo diferente no líder cristão. “Vi que o pastor era um homem honesto e queria saber mais sobre a igreja dele”, revela.

Logo Alya começou a frequentar os cultos e conhecer os cristãos locais. “O que realmente me atraiu foram o pastor, sua esposa e sua mãe. Eles me ajudaram, me perguntavam como eu estava e cuidaram de mim. A igreja parecia uma grande família”, conta. As passagens bíblicas que escutava na Bíblia em áudio deixaram a muçulmana confusa e logo ela estava falando com Cristo durante as orações. “Comecei a conversar com Jesus. Eu percebi que não foi por acaso que viemos para Qamishli. Jesus queria que eu estivesse naquele lugar”, conclui.

A família de Alya percebeu as mudanças na vida dela e o irmão que enviava ajuda financeira interrompeu a assistência. Ela e o marido passaram a recorrer à igreja local. “Eu disse a Deus: Agora você é responsável por mim. Como sua filha, eu só tenho você. Sem a ajuda de Cristo e da igreja, não teríamos nada”, relembra. Hoje ela reconhece que teve os olhos abertos para a vida e espera que os demais parentes encontrem a Cristo e sejam salvos. “Perdemos nosso filho, mas vi como Deus deu o único Filho dele por nós. Fiquei tão rica porque encontrei o verdadeiro tesouro, um que não tinha antes”, comemora.

*Nomes alterados por segurança.

Fonte: Portas Abertas

 

Reconstruindo Ruínas

Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos. Sl. 90:17.

Quando Thomas Carlyle, historiador e ensaísta inglês, concluiu o segundo volume de sua História da Revolução Francesa, entregou o manuscrito a John Stuart Mill, para que este fizesse observações. Mill leu o manuscrito e emprestou-o a um amigo. Esse amigo deixou-o sobre a escrivaninha certa noite, depois de lê-lo. Na manhã seguinte a empregada, procurando alguma coisa com a qual acender o fogo, encontrou a pilha de papéis soltos e, pensando que fossem rascunhos antigos, usou-os para acender o fogo. Aquilo que havia custado anos de trabalho a Carlyle era cinza agora!

Quando Mill, branco como um lençol, relatou a devastadora notícia a Carlyle, este ficou tão atônito com sua perda que não conseguiu fazer nada durante semanas. Então um dia, sentado diante da janela aberta, remoendo sua terrível perda, observou um pedreiro reconstruindo uma parede de tijolos. Pacientemente, o homem colocava tijolo sobre tijolo, enquanto assobiava uma alegre melodia.

“Pobre tonto”, pensou Carlyle, “como pode estar tão alegre quando a vida é tão fútil?” Depois, repentinamente, teve outro pensamento. “Pobre tonto”, disse ele de si mesmo, “você está aqui sentado junto à janela, queixando-se e lamentando, enquanto aquele homem reconstrói uma casa que durou gerações.”

Levantando-se da cadeira, Carlyle começou a trabalhar no segundo rascunho da História da Revolução Francesa. Conforme seu próprio relato, e o daqueles que tiveram a oportunidade de ler ambas as versões da obra, a última foi bem melhor! A destruição de nossos queridos sonhos não precisa ser o fim do mundo. Pode ser o início de algo melhor!

Carlyle tem sido uma inspiração para muitos, no sentido de recomeçar depois de terem visto destruído o trabalho de sua vida. É improvável, entretanto, que o humilde pedreiro que deu a Carlyle a inspiração de começar de novo, tenha ficado sabendo que ele teve participação em recriar uma obra-prima literária.

Nosso inconsciente exemplo cristão pode ser exatamente o incentivo de que alguém precisa para superar um fracasso na vida.