Palavra Pastoral
Orar é se Render a Deus
“Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve” (1 João 5:14)
Nada está fora do alcance da oração, a não ser aquilo que não é da vontade de Deus. Deus apenas responderá ao pedido que Ele inspira em você. Entenda: oração é rendição – rendição à vontade de Deus. É cooperação com a vontade Dele.
Você pode estar pensando: Então, por que orar? Porque Deus quer que façamos parte do processo. A coisa funciona assim: Deus coloca um desejo em seu coração – Pode ser para a salvação de alguém, ou pode ser para outra coisa. E quando Deus coloca um desejo no seu coração, você ora. Então, Deus responde à essa oração fazendo o que era impossível na sua visão.
Aí você pensa “Caramba! Sou uma pessoa poderosa na oração”, mas na verdade, você serve a um Deus poderoso. E ao entrar em sintonia com Ele, as coisas começam a acontecer. É por isso que devemos orar para que as coisas aconteçam. Por exemplo, orar por um despertar espiritual em nossa nação. Quando oramos para que o evangelho se espalhe e para que as pessoas acreditem em Jesus, creio que estamos orando de acordo com a vontade de Deus, e assim, Ele ouvirá. Por quê? Porque a Bíblia diz que Deus “não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:9). E nós queremos acompanhar a vontade de Deus.
Dito isso, também há um lugar na oração para as nossas necessidades pessoais, e Jesus nos ensinou a orar com essa intenção: “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” (Mateus 6:11). E ainda, se eu já experimentei a grandiosidade de Deus e refleti sobre a Sua vontade e propósito, ou se eu já entreguei a minha vontade a Ele, pedindo que o Seu propósito esteja acima do meu, isso vai influenciar na minha oração pessoal. Ao perceber como Deus é grande, eu vou descobrir que as minhas necessidades são muito pequenas, por isso quando oramos não podemos achar que algo seja difícil, pois você está orando ao mesmo Senhor que abriu o mar vermelho, que sustentou num deserto mais de três mil pessoas por 40 anos, e fez os milagres mais incríveis que se possa imaginar. Orar sempre valerá a pena!
Perguntas:
1.Você sente vontade de orar? (Romanos 8. 19)
2.Você gosta de orar? (Salmos 119, 164)
3.Você sabe orar? (aprenda a fazer um plano de oração, e tire algum tempo louvando e adorando ao Senhor; deixe o Espírito Santo te conduzir na oração).
Bíblia diária
2ª feira – Is. 13, 14, 15
3ª feira – Is. 16, 17, 18
4ª feira – Is. 19, 20, 21
5ª feira – Is. 22, 23, 24
6ª feira – Is. 25, 26, 27
Sábado – Is. 28, 29, 30
Domingo – Is. 31, 32, 33
Período atual: Trigésima terceira semana
Missões e o mundo
Cicatrizes do Ramadã – Cristão de Camarões foi atacado pela própria mãe durante o Ramadã, além de ser expulso de casa e marginalizado pela comunidade
Bouba trabalha como artesão de joias em Camarões, mas por ter se convertido, enfrenta dificuldades no mercado de trabalho
Bouba, de 40 anos, vive no extremo norte de Camarões, uma região dominada pelo islã e também afetada pela atividade extremista do Boko Haram. Criado em uma família muçulmana, o islã era tudo o que conhecia. Até que um dia seu caminho cruzou com o de um cristão, quando ele tinha cerca de 20 anos.
Bouba é artesão e joalheiro. Ele vende suas criações no mercado local e exposições. Foi lá, no mercado, que o caminho de Bouba se cruzou com o de um missionário. O homem comprou algumas de suas joias e se ofereceu para ler a Bíblia junto com o Alcorão com ele. Eles começaram a ler a Bíblia e o Alcorão, mas em pouco tempo, Bouba estava lendo apenas a Bíblia.
Embora ainda não fosse cristão, ele teve o primeiro gosto da perseguição em 2007, quando decidiu se casar com sua noiva, que era cristã, contra a vontade da família dele. “Eles disseram que nunca aceitariam uma nora cristã, lavaram as mãos de mim e me expulsaram de casa”, conta. A partir daí, Bouba não podia mais desfrutar do apoio da comunidade e foi deixado sozinho. Sem ter para onde ir, teve que alugar uma casa – uma despesa que ele não podia pagar. Além disso, seu amigo missionário teve que voltar para casa por causa de uma doença. Outro missionário assumiu a leitura da Bíblia com Bouba, mas logo teve que sair também.
No entanto, Deus estava trabalhando durante suas dificuldades. Bouba foi apresentado a um líder evangélico local que o discipulou. Só aí Bouba entregou a vida a Cristo e, em 2017, foi batizado secretamente. “Eu estava feliz. Lia a Bíblia há muitos anos e sabia que esse era o caminho certo a seguir”, relembra o cristão.
Expressão de fúria no Ramadã
Bouba conta que, durante um Ramadã, uma demonstração de ira por causa de sua “traição” ao islã, o surpreendeu: “Minha mãe ficou tão furiosa quando viu que eu não estava jejuando, que jogou um prato em mim, atingindo meus olhos”. Embora esse ataque físico certamente tenha deixado sua marca em Bouba, a cicatriz emocional era mais difícil de suportar. Até hoje, o relacionamento de Bouba com sua família não foi restaurado. “Eles não são violentos, mas nunca me convidam quando se reúnem ou fazem coisas em família”, diz.
Em uma sociedade que tem tudo a ver com comunidade e sobrevivência por meio do apoio da família, esse comportamento passivo-agressivo é sem dúvida mais difícil de lidar do que violência. Agora, o grande desafio de Bouba é o isolamento financeiro que experimenta como resultado de sua conversão. “Anteriormente, eu era recebido por outros empresários muçulmanos no mercado. Eles me convidavam para exposições onde eu podia vender meus produtos. Agora sou uma pessoa de fora e não estou incluído em nenhuma oportunidade possível que possa me beneficiar.”
Resiliência e socorro para prosseguir
Mas Bouba se recusa a desistir. Ele está determinado a não voltar ao islã por causa de oportunidades econômicas. Em vez disso, permanece comprometido com sua fé, mesmo diante dessas dificuldades.
Em 2018, ele recebeu apoio financeiro da Portas Abertas para tornar seus negócios mais viáveis. “O dinheiro que recebi realmente ajudou; comprei tudo o que precisava para fazer sapatos, roupas e joias, que levei para uma grande exposição. Sou muito grato a Deus por sua ajuda. Os lucros da exposição ajudaram meus negócios e minha família a dar mais um passo.”
Sem se deixar abater por todos os desafios, Bouba continua com seus negócios, mas mais ainda com sua fé. “Além da minha família, que me rejeitou e só pode nos ameaçar, os outros sabem que não podem me machucar fisicamente, então zombam e tentam me provocar”, relata. Rejeição e isolamento são uma realidade para os cristãos ex-muçulmanos no geral. A dor emocional que sentem como resultado é tão angustiante quanto a dor física, especialmente durante eventos religiosos como o Ramadã, que podem realmente testar sua fé e fazê-los questionar a decisão de seguir a Cristo.
“No entanto, Deus cuidou de mim. Houve um tempo em que eu não conhecia nenhum outro cristão e me senti extremamente sozinho. Não havia ninguém para me apoiar espiritual ou mentalmente. Eu fui cortado da minha comunidade. Mas agora não estou mais sozinho, tenho uma família em Cristo que me apoia. Deus cuidou de mim exatamente como prometeu. Ele nunca partirá nem nos abandonará”, conclui Bouba.
Fonte: Portas Abertas
A Pedra rejeitada
Vocês já leram nas Escrituras que a pedra rejeitada pelos construtores passou a ser a mais importante do edifício? Isto é obra do Senhor e é uma coisa admirável de se ver. S. Mar. 12:10 (A Bíblia Viva).
Durante milênios, uma pedra permaneceu sem ser tocada por mãos humanas no leito de um riacho no Estado da Carolina do Norte, Estados Unidos. Certo dia, um homem ergueu a pedra, viu que seu peso era fora do comum e decidiu usá-la como retentor de porta em sua casa. Ali ficou durante anos. Um dia, um geólogo passou por aquele caminho e percebeu a pedra. Seus olhos experientes reconheceram nela uma pepita de ouro – o maior volume de ouro nativo encontrado a leste das Montanhas Rochosas.
Uma antiga tradição rabínica diz que, quando foi construído o templo de Salomão, as pedras maciças para as paredes e os alicerces foram cortadas da rocha viva e modeladas na própria pedreira, sendo depois transportadas para o monte onde se erguia o templo. De acordo com a história, uma pedra de tamanho incomum foi levada para o local, mas os construtores não encontraram o lugar certo para colocá-la, de modo que ficou de lado, sem uso. Enquanto continuavam o trabalho do alicerce, aquela pedra parecia estar sempre no caminho deles.
Durante longo tempo permaneceu negligenciada e até rejeitada.
Então, um dia, os construtores chegaram ao local onde devia ser colocada a pedra angular. Para poder suportar o tremendo peso do templo, a pedra precisava ter tamanho e resistência enormes.
Tentaram colocar várias pedras, mas nenhuma era apropriada. Por fim, a atenção deles foi chamada para a pedra rejeitada fazia tanto tempo. Exposta às intempéries durante aqueles anos todos, ela não revelava nenhum defeito ou rachadura e, quando colocada no devido ângulo, encaixou-se perfeitamente.
O salmista, em nosso texto, alude a essa tradição, e os rabis reconheciam que fazia referência ao Messias.